COMO UMA DIETA COM REDUÇÃO DE
CARBOIDRATOS (Low Carb) PODE SER UMA OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA A OSTEOARTRITE
Um estudo publicado recentemente, em janeiro de 2020, explica o papel
da insulina na agravação do processo inflamatório das células responsáveis pelos
prejuízos articulares na osteoartrite. Este dá subsídios ainda mais robustos
para uma abordagem de dieta baixa em carboidratos como terapêutica alimentar a
esse tipo comum de patologia.
A primeira parte desse post é o sumário do estudo de 2020, pela Spring
Nature. A segunda parte é um artigo de 2019,
publicado na Rheumatology Advisor, de um estudo especificamente sobre o potencial positivo da low carb
nessa enfermidade.
Parte Um:
(Texto com conteúdo mais técnico editado para facilitar a compreensão)
O que são os sinoviócitos?
Sinoviócitos são células que ficam na superfície, dentro do espaço articular - nas faces de contato - da MEMBRANA SINOVIAL. São dois tipos de célula. O tipo A de sinoviócitos são MACRÓFAGOS responsáveis pela remoção de resíduos da cavidade articular. Os sinoviócitos tipo B são semelhantes a fibroblastos e estão envolvidos na produção de constituintes da matriz da articulação (exemplo: ÁCIDO HIALURÔNICO, COLÁGENOS e FIBRONECTINA).
Insulina agrava inflamação em sinoviócitos do tipo fibroblastos
A osteoartrite (OA) é considerada a doença degenerativa mais frequente
e é caracterizada por degradação da cartilagem e inflamação sinovial. Sinoviócitos
do tipo fibroblastos (FLSs) são vitais para a inflamação sinovial na OA. O
diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é caracterizado por resistência à insulina e hiperinsulinemia e demonstrou ser um fator de risco independente para OA. A
autofagia está envolvida nos processos de várias doenças inflamatórias e a
inibição da autofagia pode estimular o desenvolvimento da OA. Assim,
objetivamos investigar o papel da insulina no fenótipo inflamatório e autofagia
dessas células na osteoartrite. Os dados mostraram que a viabilidade celular e a produção
de citocinas pró-inflamatórias nesses sinoviócitos aumentaram após a estimulação da
insulina. Também foi descoberto que insulina alta poderia promover a
infiltração de macrófagos e a produção de quimiocinas, mas inibia a autofagia
nos sinoviócitos (A autofagia é um importante processo celular que mantém a homeostase e está envolvido na patogênese de muitas doenças inflamatórias. Notavelmente, a inibição da autofagia está intimamente relacionada à patogênese da osteoartrite). Para explorar ainda mais os mecanismos potenciais, foram
avaliados os efeitos da insulina na ativação da sinalização do fenótipo de inflamação. Os resultados indicaram que a insulina ativou a sinalização de químicos corporais (nomes complicados como: PI3K /
Akt / mTOR / NF-ĸB) e as respostas inflamatórias acima mencionadas, incluindo a
inibição da autofagia (A autofagia é um processo de regeneração natural que ocorre em nível celular no corpo, reduzindo a probabilidade do surgimento de algumas doenças, além de aumentar a longevidade. BBC), foram notavelmente atenuadas por inibidores de
sinalização específicos na presença de insulina alta. Além disso, os dados
mostraram que havia um loop de feedback positivo entre citocinas
pró-inflamatórias (e as respostas inflamatórias acima mencionadas,
incluindo inibição da autofagia), foram notavelmente atenuadas por inibidores de
sinalização específicos na presença de insulina alta. Além disso, os dados
mostraram que havia um loop de feedback positivo entre citocinas
pró-inflamatórias e outros operadores celulares nos sinoviocitos, e a insulina acentuou esse loop de feedback fazendo acelerar
a progressão da osteoartrite. Nosso estudo sugere que (o manejo) da insulina pode ser uma nova
estratégia terapêutica para prevenção e tratamento da osteoartrite no futuro.
Link do texto original AQUI
Parte
Dois
Uma dieta pobre em
carboidratos pode tratar a osteoartrite do joelho?
Uma modificação no estilo de vida pode ajudar a aliviar a dor
associada à osteoartrite do joelho (OA), de acordo com um estudo publicado na Pain Medicine.
Opioides,
analgésicos e anti-inflamatórios trazem efeitos colaterais desagradáveis para
muitos pacientes com OA persistente do joelho. Observando a necessidade de
formas alternativas de tratamento da dor, pesquisadores da Universidade do
Alabama em Birmingham (UAB) testaram a eficácia de duas intervenções
dietéticas: uma com baixo teor de carboidratos e outra com baixo teor de
gordura. 1
Adultos de 65 a 75 anos de idade com OA de joelho seguiram uma
das intervenções alimentares ou continuaram a comer normalmente por 12 semanas. A
cada 3 semanas, os pesquisadores avaliavam a dor funcional dos participantes, a
dor autorreferida, a qualidade de vida e os níveis de depressão. Eles
também examinaram os níveis séricos de estresse oxidativo antes e após a
intervenção.
Os
pesquisadores descobriram que a dieta pobre em carboidratos reduziu os níveis
de dor funcional e a dor autorreferida em comparação com as dietas com pouca
gordura ou regulares. Os participantes que seguiram a dieta baixa em
carboidratos também apresentaram reduzido estresse oxidativo.
Os autores concluíram que a
redução do estresse oxidativo através de uma dieta pobre em carboidratos pode
aliviar a dor e oferecer uma alternativa aos opioides.
"Muitos medicamentos
para a dor causam uma série de efeitos colaterais que podem exigir a redução de
outros medicamentos", disse Robert Sorge, PhD, professor assistente da UAB
e principal autor do estudo. “A dieta nunca 'cura' a dor, mas nosso
trabalho sugere que ela pode reduzi-la a um ponto em que não interfira de forma
mais limitante nas atividades diárias.” 2
Referências no
artigo original
Link do original
AQUI
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