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Hunza Valley |
Estilo low carb e longevidade – Entre mitos e fatos
O mito do paraíso perdido, onde a longevidade - algo entre a
eterna juventude ou a quase imortalidade são as principais qualidades – é tão
antigo quanto a história das civilizações.
Talvez um dos lugares mais citados seja Shangri-la, referido no romance
“Horizonte Perdido” de James Hilton (1933). Seria um vale isolado do mundo
externo, local de vida feliz, saudável, harmoniosa, e com uma comunidade onde
seus moradores são praticamente imortais. Outros paraísos imaginários ou
poéticos são amplamente citados.
Em 1986 um dos editores do Guiness Book afirmou: nada é mais
obscurecido pela vaidade, engano, falsidade ou fraude deliberada que (as
informações sobre) extremos da longevidade humana. (“No single subject is more obscured by vanity, deceit, falsehood
and deliberate fraud than the extremes of human longevity”).
Há alguns dias muitos de nós devem ter recebido um post, uma
referencia sobre longevidade, onde o estilo alimentar era um dos diferenciais
mais importantes como suporte a tal
extravagante qualidade.
A população seria a o povo Hunza, moradores do vale do rio
Hunza, um local de 160 km x 1,6 km de dimensões, com uma largura de mais de
2500 m, situado em local bastante limitado por suas particularidades
geológicas, no Paquistão.
Apesar de ser foco de alguns livros, que podem ser
adquiridos no formato de ebook sob o tema de longevidade e saúde, existe um
autor que escreveu um dos primeiros livros sobre essa população, pois viveu na
região no anos 50. Tive a chance de obter esse livro. Jonh Clark (doutor em
geologia pela Universidade de Princeton) ficou na comunidade entre 1950 e 51,
como prestador de alguma ajuda. Seu relato é valioso, uma vez que foi produzido
num momento histórico onde a força negativa do que é esperado ouvir não tinha
os rigores sofísticos do século XXI. Ele ficou por vinte meses, vivendo com a
população local dentro de uma proposta científica, com o rigor da precisão
técnica necessária para os relatórios que seriam apresentados a seguir.
Bem, no capítulo nove do livro ele faz o seguinte relato:
That
night I took a census of my school in order to discover just how many of the
students had lost members of their immediate families. The mortality table
read:
(Essa
noite eu fiz um censo da minha escola para descobrir apenas quantos dos alunos
tinham perdido membros familiares próximos. O quadro de mortalidade ficou
assim:
These
nine boys were all from better than average families; they ate better than
average food and lived in clean houses. Those who have written of the
"Healthy Hunzas" and the advantages of "organic gardening"
have propagated a myth without bothering to learn the true situation. Hayat
gave a swift, brutal summary of life in Hunza: "Those of us who live are
strong. Those who are not strong die."
(Esses nove meninos eram todos das melhores
do que as medias das famílias; eles comiam melhor que a media alimentar e
viviam em casas limpas. Aqueles que tinham escrito sobre os “Hunzas saudáveis”
e as vantagens da “jardinagem orgânica”tem propagado um mito sem se preocupar da verdadeira situação. Hayat
fez um resumo rápido, brutal de vida em Hunza: "Aqueles de nós que vivem
são fortes Aqueles que não são fortes morrem.".)
É difícil
imaginar que essa informação seja compatível com a perspectiva de sobrevivência fácil e longa em um lugar supostamente paradisíaco.
Não,
definitivamente viver no vale Hunza não é fácil e tampouco se espera ver
pessoas velhas com faces joviais nesse lugar.
"Como
alguém que viveu e trabalhou em Hunza e
Baltistan na região do norte do Paquistão, durante uma década, é importante
primeiro desmascarar o mito de que as pessoas Burushaski, Wakhi e Shina da
região de Hunza sejam abençoados com a vida de Matusalém Este era na verdade um
mito que ganhou impulso quando um artigo foi escrito pelo Dr. Alexander Leaf,
em janeiro de 1973 na revista National Geographic. Não há absolutamente nenhuma
validade científica para a sua afirmação. O povo de Hunza sofre de desnutrição
e deficiências alimentares tanto quanto qualquer outro que more em outra região
remota das montanhas do sudeste da Ásia. Embora a fé predominantemente Ismaeli
(ramo dos muçulmanos Shi-ite) seja progressista e relativamente melhor do que a
maioria de seus vizinhos em regiões próximas, todos eles vão dizer a qualquer
visitante, que sua expectativa de vida é de cerca de 50 - 60 anos, assim como
qualquer outra região do norte do Paquistão ".
O povo Hunza
nunca foi vegetariano ou mesmo próximo disso. Eles se abstém de comer muitos de
seus animais no verão porque esses animais serão a principal fonte de alimento
nos restantes 10 meses do ano. Eles têm se alimentado de uma dieta rica em
gordura durante todo o ano, especialmente no inverno, quando o consumo de
gorduras animais aumenta. A manteiga, o iogurte e o queijo de cabra, ovelha e
leite de iaque são todos muito ricos em gordura, especialmente gorduras
saturadas.
Mas um outro
local de latitude próxima pode ter um povo longevo. Se trata da Georgia. Onde parece haver
uma concentração maior de verdadeiros longevos, apesar da expectativa de vida
do pais é 70 anos para homens e 79 para as mulheres. Bem melhor que no vale do
Paquistão. E é citado, num estudo sobre hábitos alimentares, que aqueles que
consomem mais gordura e carne são os que vivem mais tempo.
Mas sobre
longevidade, há uma referencia citada pelo pesquisador Ron Rosedale que não
pode ser esquecida. Nos Annals of The New
York Academy Of Sciences foi apresentado um estudo que mostrou que os centenários
geralmente apresentam uma baixa taxa de insulina. Foi realizado pesquisas com
uma série de variáveis laboratoriais que pudessem mostrar um traço comum a
pessoas dessa faixa etária, e tudo pareceu estar relacionado a uma baixa taxa
de insulina e suas consequências positivas.
Nesse caso
já sabemos qual a melhor maneira de ter uma insulina baixa: ter uma alimentação
com consumo baixo de carboidratos.
Assim o
nosso Éden pode nossa casa mesmo, sem precisar ir para qualquer lugar muito
exótico! As portas desse jardim, tem chaves que estão ao acesso de qualquer um:
UMA DIETA LOW CARB!
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Se quiser baixar o livro original sobre o povo Hunza (em Inglês) esse é o LINK
O que faz uma pessoa viver mais não é a comida, mas sim a bebida! Sim, beber água estruturada e pura ajuda muito. O tamanho dos nossos telômeros também é fator primordial. Podemos conservar nossos telômeros tomando produtos feitos com a raiz do astragalus.
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