sábado, 22 de novembro de 2014

Refrigerantes dietéticos e risco de diabetes




Refrigerantes dietéticos aumentam
os riscos para a diabete tanto quanto os não-dietéticos

 
Um novo estudo na França sugere que as mulheres que bebem grandes quantidades de refrigerante diet tem maior risco para a diabetes tipo 2. Esses mesmos estudos também reforçam a associação já documentada entre a ingestão regular de bebidas adoçadas com açúcar e enfermidade, o relatório de Guy Fagherazzi com colaboradores, do Centro de Investigação em Epidemiologia e Saúde da População, de Villejuif, França, em um estudo publicado online em 30 de janeiro pelo American Journal of Clinical Nutrition.
Pesquisas anteriores sobre a relação entre refrigerantes light/diet (bebidas adoçadas artificialmente) e a diabetes tipo 2 tinham produzido resultados contraditórios, e mesmo que  esse estudo não implique necessariamente em nexo causal, existem alguns mecanismos biologicamente plausíveis, é o que sugerem os pesquisadores.
Considerando que os refrigerantes diet são "referenciados - e comercializados - como mais saudáveis ​​do que bebidas adoçadas com açúcar", os resultados exigem uma investigação mais aprofundada, dizem eles. Enquanto isso, os autores sugerem que a "um princípio de precaução pode ser aplicado para a promoção de bebidas adoçadas artificialmente []".

 
Um consumo maior de refrigerante dietético mais do que dobra o risco para a Diabetes

 
Os dados vêm de um grande estudo prospectivo de 66.118 mulheres na França que investigava as ligações entre dieta e câncer. Houve 1.369 novos casos de diabetes tipo 2 diagnosticados durante o período de acompanhamento entre 1993 a 2007.
Com base no relato pessoal do consumo de alimentos, a ingestão média de refrigerantes regulares foi de 328 ml / semana, enquanto para refrigerantes diet foi maior, de 568 ml / semana.
O risco de diabetes tipo 2 foi elevada entre as mulheres nos maiores quartis (os 25% da população avaliada com consumo maior, NT) para ambas bebidas adoçadas com açúcar (> 359 ml / semana) e de bebidas adoçadas artificialmente (> 603 ml / semana), em comparação com as mulheres que não consumiam essas bebidas, com razões de risco de 1,34 e 2,21, respectivamente, após ajuste (estatístico) multivariado para uma grande variedade de co-variáveis ​​(outros que não fosse o índice de massa corporal [IMC]).
Fortes tendências positivas no risco de diabetes tipo 2, foram observadas em todos os quartis de consumo para ambos os tipos de bebidas (P = 0,0088 e P <0,0001, respectivamente). O ajuste para o IMC pouco alterou os resultados, embora as associações permanecessem significantes para ambas as bebidas açucaradas ou adoçadas artificialmente.
Os autores também realizaram análise de sensibilidade para testar a hipótese de que as pessoas que tem risco para o diabetes tipo 2, em virtude da obesidade podem preferencialmente beber bebidas adoçadas artificialmente, mas os resultados sugerem que esse mecanismo de "causalidade reversa " é "improvável", eles salientam .
"Nossos resultados - de acordo com uma recente declaração científica conjunta da AHA (Associação Americana de Cardiologia) e ADA (Associação Americana de Odontologia) - sugerem fortemente a necessidade de realização de ensaios clínicos randomizados que avaliam as consequências metabólicas dos componentes [das bebidas adoçadas artificialmente], como os adoçantes artificiais, para provar um nexo de causalidade entre [o consumo de bebidas adoçadas artificialmente] e a diabetes tipo 2 ", é que concluem os autores.

 
(*) Os autores não declararam relações financeiras relevantes.

 
Am J Clin Nutr. Publicado online em 30 de janeiro de 2013. Resumo

 
Link original: AQUI  publicado em 15 de fevereiro de 2013 (necessário inscrição)

 
Artigo MEDSCAPE

Traduzido em 15/02/2013

Nenhum comentário:

Postar um comentário