domingo, 4 de dezembro de 2022

Quando pedir um exame de vitamina A



Uma breve discussão sobre a solicitação de exames de vitamina:
Vitamina A (retinol)


 Muitas pessoas podem ficar interessadas em dosar vitaminas no sangue, e uma dessas, que muitas vezes é alvo de preocupação é a vitamina A. Vamos fazer algumas considerações baseadas em artigo de revisão baseado em pesquisa e investigação.

Em primeiro lugar é importante ter em mente que a deficiência da vitamina A é incomum. Entretanto, se houver algum dos sintomas como, olhos secos, dificuldade visual a noite ou frequentes enfermidades, fazer esse exame de sangue pode ser indicado e eventualmente detectar, com segurança, uma deficiência da vitamina A. 

Precisamos também lembrar que os níveis séricos dessa vitamina permanecem normais nos exames até que ocorra uma grave deficiência. Por isso, tal avaliação é geralmente desnecessária, salvo se numa avaliação (médica) parecem existir indicadores positivos para relacionar à carência de retinol.

Uma vez que é geralmente desnecessário essa investigação não deve ser considerada como exame de check-up rotineiro, pois:

  • A deficiência de vitamina A é rara em países desenvolvidos.
  • A menos que você já esteja com deficiência grave, um teste de laboratório de vitamina A sérica provavelmente não fornecerá uma imagem precisa do seu status de vitamina A porque testa os níveis no sangue, não no fígado. 50%-85% de sua vitamina A é armazenada no fígado. Os níveis séricos de vitamina A em pessoas saudáveis ​​permanecem bastante constantes até que as reservas hepáticas sejam severamente esgotadas [ 1 , 2 ].

 

Vamos examinar a seguir um pouco mais sobre os sintomas, fatores de interferência, fontes naturais e opções de suplementação.

A dosagem de vitamina no sangue é um exame confiável quando criteriosamente solicitado. Um estudo mostrou seu valor quando a deficiência está associada ao olho seco (xerolftalmia) e acompanhando sua evolução com uso de suplementos.

O exame de retinol sérico é realizado em laboratório pelo menos por duas metodologias (cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e espectrofotometria). O este padrão ouro seria por biópsia hepática, mas pelo óbvio de sua complexidade só é realizado em circunstâncias muito específicas.

Taxas de exame de vitamina A (sangue)

                                                                   Valor de Referência:

– 0 a 6 anos.: 0,11 a 0,65 mg/L
– 7 a 12 anos: 0,13 a 0,81 mg/L
– 13 a 17 anos: 0,14 a 0,98 mg/L
– Idade igual ou superior a 18 anos: 0,32 a 0,78 mg/L

– A organização mundial da saúde recomenda suplementação quando os níveis de vitamina A estão abaixo de 0,2 mg/L (ou 20mcg/dL).
– Níveis de vitamina abaixo de 0,1 mg/L indicam deficiência severa.
– Níveis de vitamina A superiores a 1,2 mg/L indicam hiper vitaminose e toxicidade associada.
 

FONTES DE VITAMINA A

A vitamina A refere-se a um grupo de compostos. As formas de vitamina A incluem retinol, ácido retinóico, retinal e carotenóides pró-vitamina A. A vitamina A é importante para a função imunológica adequada, crescimento e reparo celular, crescimento ósseo, reprodução e desenvolvimento embrionário e fetal normal. Porém a história mostra que a vitamina é excepcionalmente importante para a visão. Relatos de que a cegueira noturna era curada com o fígado cozido de boi pelo doutor naval Eduard Schwartz (1831-62), comprovam por experimento científico, que essa fonte básica de vitamina A tratava um problema dramático de marinheiros europeus no século XIX. Em várias culturas anteriores era dada importância ao fígado de animais como alimento sagrado de proteção aos olhos.

A vitamina A foi “descoberta” como o fator que existia em alimentos gordurosos de origem animal em 1907, pelo pesquisador americano Elmer V McCollum, que inicialmente denominou de fator lipossolúvel A.

Tem sido informado que podemos obter vitamina A a partir de fontes vegetais, como alimentos de cores vermelhas ou alaranjadas (como o tomate e cenoura), uma vez que a pré-vitamina A (carotenos como o betacarotenos, o mais eficiente) pode ser transformada no intestino para a vitamina A ativa. Alguns estudos mostram que a eficiência dessa transformação é bastante trabalhosa para o organismo, numa relação otimista de 4:1 (betacaroteno/retinol). Como depende de ácidos biliares, dietas pobres em gordura interferem nessa conversão. Deve-se ressaltar que nenês não conseguem converter em qualquer hipótese e que crianças pequenas o fazem de modo precário. Por isso, por algumas décadas era comum se adicionar o óleo de fígado de bacalhau como suplemento alimentar popular para crianças, mas de importância infelizmente esquecida nos tempos atuais.

Assim podemos falar que as principais fontes de vitamina A “prontas” são as gorduras de origem animal, incluindo obviamente o leite materno, fígado, ovos, laticínios integrais especialmente a manteiga, um suplemento à base de óleo de fígado de bacalhau.

O betacaroteno, um precursor da vitamina A como já descrito anteriormente, é um pigmento carotenoide natural e que está presente em alimentos vegetais como os folhosos verde escuros, e em especial nos legumes e frutas marcadamente coloridos (por exemplo urucum, beterraba, cúrcuma, caqui etc.). Seu excesso na ingestão promove uma mudança na coloração na pele que as vezes é confundida com a icterícia.

A vitamina A está presente suplementar como aditivo comum em uma variedade de alimentos industrializados. Habitualmente está adicionado em produtos artificialmente fortalecidos como o leite de amêndoas e outros substitutos lácteos, incluindo todas as fórmulas para lactentes.

Para adultos a vitamina A está disponível em inúmeros suplementos polivitamínicos, além de produtos farmacêuticos com vitamina A principal ou exclusiva. As quantidades são geralmente seguras, mas uma dose maior precisa de supervisão médica.

QUEM ESTÁ EM RISCO DE DEFICIÊNCIA DE VITAMINA A

Como já foi citado a deficiência de vitamina A é considerada rara em países desenvolvidos, mas pesquisadores em um estudo de pacientes de cirurgia bariátrica (perda de peso) relataram essa deficiência vitamínica em até 69% em um grupo de estudo (essa cirurgia para redução de peso pode ter como consequência um prejuízo na absorção de nutrientes). Outras populações de risco incluem:

1) Prematuros

2) Lactentes com mães com deficiência de vitamina A

3) Individuos com quadros de má absorção nutricional: celíacos, doença de Chron, problemas de pâncreas com carências de enzimas digestivas, síndrome do intestino curto (má absorção); 

4) Alcoólatras;

5) Pessoas com esteatose:

6) Indivíduos com dietas com muita pouca gordura;

7) Aqueles com desnutrição ou ingestão inadequada de nutrientes em populações tipicamente sob risco alimentar, associada a pobreza, refugiados e outras comunidades em carência crônica.

8) Diabéticos e pacientes com hipotireoidismo podem não se beneficiar com fontes de beta-caroteno pois tem pouca eficiência na conversão.

Quais são os sinais e sintomas de deficiência de vitamina A ?


Sabe-se que a deficiência de vitamina A causa xeroftalmia, uma forma de olho seco que afeta a retina e a córnea, causando baixa visão com pouca luz ou cegueira. Mas a baixa vitamina A também pode prejudicar a função do sistema imunológico. Sinais e sintomas comuns incluem:

  • Infecções recorrentes e má função do sistema imunológico
  • Olhos secos
  • Cegueira noturna
  • Manchas de Bitot (acúmulo de proteína no olho) 
  • Pele seca e escamosa
  • O revestimento dos pulmões, do intestino e do trato urinário engrossa e endurece.

Sinais e sintomas menos conhecidos podem incluir:

  • Sono ruim 
  • Ciclo circadiano alterado
  • Pedras nos rins
  • Asma
  • Alergias
  • Intolerâncias alimentares
  • Hormônios sexuais baixos
  • Doença autoimune
Uma deficiência grave de vitamina A pode levar à cegueira, mas isso é extremamente raro. A relação da vitamina A presente em fontes alimentares pode ter relação com procedimentos rituais ou aparentemente mágicos de recuperação da cegueira em tempos antigos, pois a adição de porções de animais sobre os olhos e posteriormente ingeridos fazia a mágica do cego que voltava a enxergar. (Há muito tempo se sabe que ingerir olhos de animais recuperariam a visão, naturalmente na época que não se conhecia a vitamina A).

Para indivíduos que possam estar apresentando sinais e sintomas de deficiência de vitamina A e/ou estiverem em alto risco, geralmente é seguro suplementar com uma dose modesta de vitamina A mesmo sem fazer exames de sangue. Naturalmente nesse caso seria prudente buscar uma consulta médica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Muitas vezes as pessoas são induzidas a fazerem exames de sangue com propósitos imprecisos, ou por mera curiosidade. Se não existem sintomas ou quadros clínicos associados à essa carência inusual, não precisa ser solicitada a dosagem de vitamina A em pedidos de exames ordinários ou checkups anuais.

As dosagens de vitaminas costumam fazer parte de solicitações extensas, mas com propósito discutível. O pedido de vitamina A pode estar incluído nesse equivocado, e inutilmente dispendioso, inventário clínico que provavelmente não vai trazer nenhuma vantagem para o indivíduo (para diagnóstico ou tratamento) ou para a coletividade que paga despesas inúteis num sistema público ou privado, que pode ter seus custos aumentados por não se seguir um pensamento minimamente técnico na solicitação de exames.

 

(*) Esse texto é uma compilação baseada nos artigos dos links abaixo. As referências científicas constam dentro dos artigos originais.

1) Do you need a vitamina A test? - de Michael Ruscio LINK AQUI

2) Vitamin A saga - site da WAPF - Sally Fallon e Mary Enig LINK AQUI 

3) Valores de referncia da vitamina A em laboratório (Palma Mello)  LINK AQUI 

4) Informações adicionais da deficiencia de vitamina A - Manual MSD LINK AQUI             

 

 


quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

O que se sabe sobre as aftas

 


AINDA NÃO SABEMOS O QUE  FUNDAMENTALMENTE CAUSA AS AFTAS

Mas provavelmente é culpa do sistema imunológico.

Uma afta — uma úlcera branca e dolorosa dentro da boca — pode ser causada pelo estresse. Ou a pasta de dente errada. Ou certos alimentos: tomate, amendoim, canela. Ou uma deficiência de ferro. Ou uma alergia. Ou uma nova medicação prescrita. Ou uma doença autoimune subjacente.

Embora milhões de pessoas sofram com elas todos os anos, os pesquisadores ainda não sabem muito sobre o que basicamente causa essas feridas. Isso deixa médicos e dentistas travados, brincando de detetive com seus pacientes - executando uma lista de verificação, tentando descobrir qual dos mais de uma dúzia de gatilhos em potencial poderia ter desencadeado as pequenas lesões doloridas.

Essa lista é longa e abrange diferentes especialidades da medicina. Inclui trauma na boca, estresse, dieta, genética, hormônios, alergias, deficiências de vitaminas, doenças autoimunes e doenças gastrointestinais. Diana V. Messadi, professora da Escola de Odontologia da UCLA, relata que as aftas são multifatoriais, o que as torna difíceis de estudar. O herpes labial, em comparação, oferece uma história muito mais clara: são infecções virais (herpes simples) e, portanto, são tratáveis ​​com antivirais. (As lesões do herpes são bolhas semelhantes a espinhas que geralmente se formam ao redor dos lábios, enquanto as aftas são úlceras brancas que ocorrem dentro da boca.)

As aftas podem ser frouxamente classificadas em dois baldes. No Balde A estão as feridas menores e mais comuns, do tipo que uma pessoa pode ter duas ou três vezes por ano. Essas feridas são brilhantes, incômodas e dolorosas e dificultam a alimentação e a fala. Eles geralmente não são fatais. No Balde B estão cancros maiores, geralmente com mais de um centímetro de largura. (Tecnicamente, existe um terceiro balde que inclui feridas herpetiformes ou agrupadas - mas esse tipo é raro).

Grandes ou pequenas, algumas feridas estão ligadas a uma doença subjacente, como Crohn, Behçet, HIV/AIDS ou doença celíaca. De certa forma, esses casos são mais bem compreendidos: as feridas são um efeito secundário de algo mais acontecendo no corpo – algo que um médico pode testar e identificar.

A boca humana é um lugar estranho. As aftas ocorrem no que é chamado de mucosa oral, que é a linguagem médica para a pele (na verdade não é pele) dentro da boca. Mesmo que a mucosa esteja escondida dentro de suas bochechas, ela fica muito exposta. A salsa, observa Nasim Fazel, ex-professor da UC Davis que iniciou a clínica de mucosa oral da faculdade, “é um irritante químico. Você não esfrega salsa na sua pele.” Mas as pessoas comem salsa - e batatas fritas, nozes e outros alimentos condimentados, ácidos ou picantes e que podem danificar o revestimento da boca. Algumas dessas feridas mais tarde se desenvolvem em aftas.

Como a boca está suja, os glóbulos brancos gostam de ficar ali; Andrés Pinto, professor da Faculdade de Medicina Dentária da Case Western Reserve University, disse que desta forma podem reagir rapidamente a uma potencial infeção. Mas, às vezes, esse sistema de vigilância falha e o corpo pode se automutilar. Acredita-se que isso faça parte do que causa as aftas típicas, explicou Pinto: a desregulação imunológica é o “denominador comum” por trás dessas úlceras. A inflamação pode ajudar o corpo a cicatrizar, mas muita inflamação pode causar a ruptura da mucosa, que é o que vemos quando olhamos para as feridas ovais.

Além disso, as aftas ainda são idiopáticas, o que significa que os médicos realmente não sabem por que elas acontecem. O sistema imunológico do corpo é profundamente complicado; como Ed Yong escreveu em 2020, é onde “ a intuição vai morrer ”. “O problema com todas essas condições imunomediadas, muitas vezes, é que ainda não sabemos por que elas surgem”, informa Alessandro Villa, chefe de medicina oral do Miami Cancer Institute. “No final das contas, ainda é um grande mistério.”

Outro mistério persistente é por que algumas pessoas têm aftas enquanto outras vivem em êxtase ignorante, livres de seu tipo específico de tortura. A genética está começando a ajudar a resolver isso. “Usando computadores sofisticados, podemos realmente detectar quais genes estão associados ao que vemos na boca”, diz o pesquisador Pinto. “O que acabei de dizer é um grande passo”, acrescentou. “Demorou provavelmente 30 anos para desenvolver essa última frase.”

Mais pesquisas são necessárias para tratar melhor os pacientes, especialmente aqueles com feridas graves ou crônicas. Os esteróides tópicos podem ajudar, mas não abordam as causas subjacentes. Um porta-voz do FDA afirmou que não há opções disponíveis de prescrição aprovadas pelo FDA especificamente para aftas.

Comparativamente falando, os Estados Unidos não têm muitos provedores especializados nessa área. A dra. Fazel, antiga professora da UC Davis, é uma rara combinação de dentista e dermatologista que às vezes atende pacientes com casos debilitantes. “Estou usando os mesmos remédios que usava há 10 anos”, disse ela. “É meio triste.”

Os especialistas em medicina oral são dentistas com treinamento extra em tais doenças. Mas apenas cerca de 400 praticam nos Estados Unidos, estima Andres Pinto. Um representante da Academia Americana de Medicina Oral relata que a organização atualmente tem 281 membros ativos (embora tenha notado que pode haver outros não membros praticando). Fazel, por sua vez, acha que os dermatologistas estão mais bem equipados para tratar aftas, porque os dentistas “não podem prescrever as grandes armas”. (As “grandes armas”, neste caso, são medicamentos que modulam o sistema imunológico para acalmar a inflamação.) Mesmo que um paciente consiga consultar o médico certo, esse é apenas o primeiro passo. Eles ainda precisarão passar pela "check-list", tentando determinar quais são seus gatilhos - enquanto a questão maior sobre o que realmente causa as feridas permanece desconhecida.

Caroline Mimbs Nyce é redatora da equipe do The Atlantic.
Publicado em 26/11/2022 - THE ATLANTIC
Link do original: AQUI
A foto acima é desse LINK

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Metabolismo lento - algumas dicas



O texto a seguir é um extrato de um artigo que traz um tema que intuitivamente já deve ter vindo a mente de muitas pessoas preocupados com sua saúde, especialmente quando o controle de peso parece ser um motivo específico de preocupação. Diz respeito a formas e lidar com o fato - ou melhor: a sensação de que seu metabolismo esteja lento.  O título diz respeito a possibilidade de darmos um "reset", um reinício no metabolismo (à imagem de um reboot num computador com windows que ficou demasiado lento). Como as dicas se encaixam perfeitamente em questões de estilo de vida, serão apresentadas nesse texto. O original completo está disponivel no link ao final.  

Como lidar com um metabolismo lento

Não está vendo resultados de perda de peso? Melhore sua saúde metabólica com essas dicas.


Um metabolismo lento pode se tornar um ponto de debate para muitas pessoas. Você pode ter se colocado em uma dieta controlada na ingestão de calorias e uma rotina de exercícios eficaz, mas não está experimentando as metas de perda de peso que esperava. Para muitos, isso leva a uma perda imediata na motivação. Não obter os resultados para os quais você trabalhou duro para alcançar pode ser um verdadeiro desapontamento.

Assumindo que uma dieta e uma rotina de exercícios foram corretamente seguidas, a razão pela qual a perda de peso não está acontecendo como esperado pode ser devido a um metabolismo lento.

A boa notícia é que você pode incrementar o metabolismo lento. É algo altamente incompreendido no espaço de saúde e bem-estar, e é por isso que estamos dedicando um tempo hoje para detalhar isso para você. Aqui está a maneira simplificada de dar um reset um metabolismo lento e obter os resultados que você se esforça.

(...)

Quais fatores afetam sua taxa metabólica?

1. Taxa Metabólica Basal (TMB)

Estima-se que 70% do seu gasto diário total de energia – quantas calorias você queima em um dia – vem da sua taxa metabólica basal (TMB) . Esta é a quantidade de calorias que você queima em repouso, apenas para se manter vivo. São os processos inconscientes do sistema nervoso autônomo, como respiração, circulação sanguínea, crescimento celular e função nervosa.

Conforme mostrado em um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition , sua taxa metabólica é influenciada por várias variáveis, incluindo:

  • Idade
  • Gênero
  • Altura
  • Peso corporal
  • Composição corporal – porcentagem de gordura corporal e massa muscular
  • Genética
  • Composição nutricional da dieta
  • Saúde geral

Esses fatores influenciam a quantidade total de calorias queimadas em um dia. Seu metabolismo é um sistema bioquímico altamente complexo e personalizado, e duas pessoas nunca terão a mesma taxa metabólica. E, de fato, sua taxa metabólica muda ao longo de sua vida. Por exemplo, após os 60 anos, sua taxa metabólica diminui em 0,7% ao ano . Essa mudança exclusivamente relacionada à idade causa uma diminuição acentuada em sua TMB.

Além disso, pessoas com maior peso corporal total, como aquelas com obesidade, têm um metabolismo mais alto . Isso porque corpos mais pesados ​​exigem mais energia para completar as funções diárias. Considerando que alguém menor e/ou mais leve requer menos energia.

2. Termogênese de atividade sem exercício (em inglês: NEAT)

Isso compõe 25% da atividade metabólica. Inclui gestos com as mãos, inquietude (corporal), cozinhar, andar pela casa e qualquer atividade que queime calorias, mas não seja baseada em exercícios.

3. O Efeito Térmico dos Alimentos (em inglês: TEF)

Representando 10% da atividade metabólica, o parâmetro TEF é igual ao cálculo de quantas calorias são queimadas para digestão dos alimentos que você consumiu ao longo do dia. Certos alimentos, como a proteína, requerem mais energia para serem digeridos, e é por isso que a proteína é frequentemente usada para acelerar um metabolismo mais lento.

4. Termogênese da atividade do exercício (em inglês: EAT)

O exercício representa apenas cinco por cento do seu gasto diário total de energia (TDEE em inglês)O efeito térmico da atividade física é igual ao total de calorias que seu corpo queima durante um treino.

O que é um Metabolismo Lento?

(...)

É necessário avaliar a função da tireoide (realizado por seu médico)

Quem sofre de hipotireoidismo tem uma variedade de sintomas, incluindo:

  • Cansaço persistente e letargia
  • Sensibilidade aumentada ao frio
  • Ganho de peso inexplicável
  • Constipação
  • Depressão
  • Dores musculares, fraqueza e cãibras
  • Uma aparência inchada e inchada, principalmente no rosto

(...)

Depois que esses resultados estiverem disponíveis, eles provavelmente receberão medicamentos se forem diagnosticados com hipotireoidismo, e poderá ser ajustado sua dieta e um programa de exercícios de acordo.

Antes de entrarmos nos ajustes na dieta e nos exercícios que você pode fazer para aumentar o metabolismo lento naturalmente, é importante entender que ter um metabolismo lento é considerado raro.

De acordo com um estudo publicado na revista Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care , 96% das pessoas têm uma taxa metabólica dentro de uma faixa média de 200 a 300 calorias. É em parte por isso que a Clínica Mayo chegou a dizer que é raro ter um metabolismo tão lento que causa ganho de peso.

Embora seja raro, se você não conseguir atingir suas metas de perda de peso e assumir que é por causa de um metabolismo lento, é necessário testá-lo oficialmente. Viver com uma condição médica como o hipotireoidismo pode afetar várias áreas da vida de um indivíduo, não apenas em termos de perda de peso.

Você pode impulsionar um metabolismo lento?

(...)Com certos ajustes de estilo de vida e dieta, a taxa metabólica de um indivíduo pode ser aumentada. O resultado é uma queima de combustível mais eficiente e perda de gordura.

1. Aumente intencionalmente as atividades sem exercício (NEAT)

Vamos nos referir aos quatro componentes que afetam sua taxa metabólica: BMR, NEAT, TEF e EAT. Vamos nos concentrar no segundo maior componente - termogênese de atividade sem exercício (NEAT). NEAT compõe 25 por cento de sua atividade metabólica total.

Você pode aumentar o NEAT fazendo mais movimento ao longo do dia. Por exemplo:

  • Subir as escadas em vez de um elevador
  • Caminhar para fazer seu café da manhã
  • Fazer um telefonema caminhando em vez de ficar sentado em sua mesa
  • Limpar a casa com mais frequência
  • Usar uma mesa de apoio para ficar de pé (em certas atividades possíveis)

Um ensaio clínico inicial descobriu que o aumento do NEAT a partir de movimentos diários adicionais, como caminhar, ficar em pé ou se mexer, resultou em um aumento de dois terços no gasto diário de energia dos participantes. Quanto maior o gasto energético (TDEE) , mais exigência terá seu metabolismo para trabalhar, resultando em um impulso natural.

2. Incorporar levantamento de peso 

Levantar equipamentos de peso ​​é um estressor para o seu corpo, forçando-o a trabalhar mais. Seus músculos não são a única coisa que trabalha mais, seu metabolismo também aumenta para repor a energia durante e pós-treino.

Em termos de como você pode incluir isso nos planos individuais, incorporar três sessões de levantamento de peso por semana é o ideal. Mantenha os treinos relativamente curtos, aproximadamente 45 minutos. Concentre-se no levantamento de peso composto com outras atividades, incluindo exercícios como:

  • Agachamentos
  • Deadlifts (levantamento terra)
  • Overhead press (exercício de treinamento com pesos focado no desenvolvimento dos ombros. O levantamento é realizado de pé, levantando-se os pesos a partir dos deltóides anteriores até a completa extensão dos braços.)
  • Supino
  • Lunges (exercício composto, ou seja, ele envolvem várias articulações e grupos musculares em um movimento completo)

Esses exercícios compostos recrutam mais músculos e, por sua vez, têm um efeito maior no metabolismo. Um estudo descobriu que esse efeito é tão grande quanto um aumento de 9% na taxa metabólica após 24 semanas.

3. Tente uma dieta reversa

Talvez você tenha experimentado uma perda de peso consistente, mas de repente ela parou. Isso está levando você a questionar seu metabolismo. Você entrou em "modo de fome"? Há muitas razões para isto.

Seu metabolismo também pode desacelerar se você estiver em um déficit (energético) substancial e prolongado. Estudos mostram que a subalimentação prolongada – promove um estado de modo de fome – causa um declínio acentuado em sua taxa metabólica, então você usa menos energia e queima menos calorias como uma tentativa de economizar energia.

A solução para isso é uma dieta reversa. Uma dieta reversa envolve aumentar gradualmente sua ingestão calórica em incrementos muito pequenos (às vezes apenas 100 calorias!) Isso pode ajudar a prevenir o ganho de peso associado a uma maior ingestão calórica.

(Para indíviduos que fazem um alimentação low carb essa variação geralmente não é necessária, pois esse estilo alimentar não é baseado em déficit energético alimentar - NT)

4. Coma mais proteína

Você é responsável por decidir uma meta diária de proteína adequada, mas uma diretriz útil é apontar para aproximadamente 1,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal (a OMS recomenda 0,8 g/kg, mas pode chegar a 1,6 g/kg para exercicios de alta performance). Garantir que você tenha um plano de refeições centrado em proteínas pode ajudar a aumentar seu metabolismo e mantê-lo saciado por mais tempo entre as refeições, aumentando ainda mais a probabilidade de perder peso.

Comer pequenas refeições ricas em proteínas frequentemente tem um efeito positivo no seu metabolismo devido ao efeito térmico dos alimentos (TEF). Isso ocorre porque seu corpo usa mais energia para digerir esses alimentos, então seu metabolismo está constantemente funcionando. A proteína causa o maior aumento no TEF entre todos os macronutrientes, levando a um aumento na taxa metabólica de 15 a 30 por cento, de acordo com um estudo.

5. Faça mais HIIT

O Treinamento Intermitente de Alta Intensidade (HIIT) provavelmente deve fazer parte de seus planos de treino e, se não faz, você está perdendo! O HIIT tem benefícios surpreendentes para perda de peso, em parte devido ao seu efeito na atividade metabólica. Quando você pedala entre períodos de esforço máximo e descanso, você está criando um consumo excessivo de oxigênio pós-exercício (EPOC), ou como é mais comumente chamado – 'afterburn'.

O EPOC causa um aumento no consumo de oxigênio, o que também aumenta seu metabolismo, pois seu corpo é forçado a trabalhar mais para voltar à linha de base. Os efeitos são apenas temporários, mas muito poderosos. Estudos descobriram que após apenas seis minutos de HIIT, seu metabolismo é elevado por 24 horas a seguir.

6. Beba mais água

Vamos deixar uma dica muito simples e eficaz. Beba mais água! Um estudo publicado no International Journal of Obesity descobriu que para cada meio litro de água que você bebe, há um aumento de 25% no metabolismo. Isso é importante!

Para realmente acelerar o seu metabolismo, beba água fria. Beber água fria exige que seu corpo use energia para aquecê-la até a temperatura corporal. Quando você faz isso junto com a alimentação, seu corpo usa a energia como combustível para aquecer a água, em vez de armazená-la. Isso é conhecido como 'termogênese induzida pela água '.

Pensamentos finais

Você pode realmente "dar um reboot" em um metabolismo lento? Sim. Você realmente precisa? Não. Na realidade, seu metabolismo provavelmente está indo bem. A razão pela qual você não está obtendo os resultados de perda de peso que deseja pode ser por vários motivos. Uma possível razão ainda poderia ser uma taxa metabólica mais lenta.


De qualquer forma, não há mal nenhum em incorporar esses métodos naturais para aumentar o metabolismo. Na verdade, você provavelmente experimentará uma perda de peso mais eficiente e (principalmente) se sentirá melhor fazendo isso.

(...)

Artigo de Emilina Lomas, publicado em 13/10/2022 (MEDIUM)

Artigo original aqui