sábado, 22 de agosto de 2015

O que é canola?


Campos de monocultura de Canola
Monótono e destruidor como qualquer monocultura

Forçando um pouco a barra: O que é Canola?


Como a tema Canola voltou a tona, um fragmento de um artigo artigo que escrevi há 10 anos sobre o assunto, publicado em: LINK. O artigo mais antigo eu escrevi em 2001, pode ser visto aqui LINK.
Nesse blog tem um artigo traduzido sobre o mesmo tema AQUI


SOBRE O NOME CANOLA E DEFINIÇÃO

Em primeiro lugar, a questão do nome. O termo canola foi citado como Canadian oil no primeiro texto, baseado no artigo sobre o mesmo tema: “The Great Con-ola”, publicado na revista Nexus de setembro de 2002, e divulgada no site da Fundação Weston Price (uma instituição que não visa ao lucro que divulga o que eles entendem serem “Sábias Tradições”). Esse artigo continua disponível no site do Dr. Mercola, reconhecido crítico de temas da saúde nos EUA. Pelo que se pode ver agora, o termo Canola é um pouco mais extenso: CANadian Oil, Low Acid. Ou seja, o nome continua sendo óleo canadense, com a observação: low acid - ou seja, com pouco ácido. O ácido em questão é de fato o ácido erúcico. O ácido erúcico da canola está em taxas consideradas saudáveis pelos fabricantes e pelos agentes de saúde e de produção alimentar: até 2%.

Segundo o site oficial da Associação de cultivadores de canola do norte (NCGA), a canola é uma variação genética, com o uso de técnicas convencionais, desenvolvida por plantadores canadenses no inicio dos anos 60. Mas teria sido em 1974 que um pesquisador da Universidade de Manitoba (província canadense) desenvolveu a variedade com as taxas duplamente baixas de ácido erúcico e glucosinolato necessárias para liberar a produção e o consumo.

Essa busca por variações de rapeseed (semente de colza, colza) parece que vinha sido perseguida há algum tempo pelos agricultores canadenses. De acordo com a Wikipedia em inglês, os agricultores canadenses já tinham tentado colocar no mercado um óleo com fins comestíveis no final dos anos 50 (entre 56 e 57), mas com características inaceitáveis para consumo. As variações mais resistentes à seca e as doenças teriam sido obtidas a partir de 1998 com técnicas de manipulação genética.

O conselho canadense da canola tem uma definição para a planta ter essa denominação: um óleo que deve ter menos de 2% de ácido erúcico, e o conteúdo sólido da semente deve ter menos de 30 micromoles de qualquer uma ou qualquer mistura de 3-butenil glucosinolato, 4-pentenil glucosinolato, 2-hidroxi-3 butenil glucosinolato, 4 pentenil glucosinolato por grama de sólido seco e não oleoso.

A planta teria sido introduzida no Brasil a partir do RS, em 1974, sendo uma variação da Brassica napus (inclui a colza), obtida por melhoramentos genéticos.

Até 1986 a expressão Canola seria uma denominação patenteada do Canadá. A canola seria um marca registrada pelos membros da Western Canadian Oilseed Crushers Association desde 1978 e o direito ao termo foi passado em 1980 para a Rapeseed Association of Canadá, mais tarde Canola Council of Canadá.

Segundo Mark Israel (ver referências) o nome original era Canadian Oil mesmo, e não significava qualquer acrônimo. Em 1999 o Codex Alimentarius reconheceu o termo canola como um nome comum das plantas brassica que tivessem os predicados citados anteriormente com relação à composição de ácido erúcico e demais componentes.

OBS.:Referencias no próprio artigo (alguns links podem estar quebrados pois são bem antigos)

(cabe lembrar que a dieta mediterrânea - como ideal médico-nutricional é derivada de erro de percepção do dr Ancel Keys conforme já analisado AQUI).



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